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Ato de apoio a manifestações no Brasil reúne 2 mil pessoas na Irlanda

Com autorização da polícia local, grupo faz protesto em Dublin contra a violência policial e aumento da tarifa do transporte público

Por Carolina Moreira
Atualização:

 Com rostos pintados de verde e amarelo, bandeiras do Brasil e entoando palavras de ordem cerca de duas mil pessoas foram a uma das principais avenidas de Dublin, na Irlanda, a O´Connell Street, neste domingo (16), para demonstrar apoio às manifestações contra o aumento das passagens de ônibus que aconteceram na última semana no Brasil. Organizado pelo facebook, o Brazilian Awakening Dublin foi autorizado pela polícia local, a Garda, que esteve presente durante todo o evento. O ato se iniciou às 13h e terminou às 15h, depois de os participantes se sentarem no canteiro central da avenida, levantarem seus cartazes e cantarem o Hino Nacional brasileiro. Concentrados em frente ao monumento Spire of Dublin, os manifestantes protestaram em inglês e português pedindo paz e mais respeito aos movimentos sociais no Brasil, utilizando frases como “No more violence, we want peace” (Não mais violência, nós queremos paz) e “No more corruption” (Chega de corrupção). Uma das organizadoras do evento, a catarinense Andréa Cordeiro, 32 anos, que está em Dublin estudando inglês, chamou a atenção para o tratamento dado pela polícia local aos manifestantes. "Desde o começo eles nos ajudaram, respeitaram a nossa manifestação e prezaram pela nossa segurança. A organização nos deu trabalho, mas me sinto realizada em ver todas essas pessoas nas ruas lutando por um Brasil melhor”. A publicitária Mariana Simões, 23, que morava no Espírito Santo e atualmente está estudando inglês em Dublin, acredita que o ato foi importante para prestar solidariedade aos manifestantes brasileiros. “Vimos tudo o que aconteceu no nosso país principalmente por meio da internet e a sensação de não estar perto para poder ajudar ou participar foi muito ruim. A manifestação supriu a vontade de, mesmo distante, poder dizer aos nossos conterrâneos que também estamos com eles”. Além da Irlanda, países como França, Alemanha, Espanha, Portugal, Canadá, Bélgica e Argentina também estão convocando manifestações.

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