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Atirador da Aclimação permanece preso na zona leste de São Paulo

Não há previsão para transferência de Fernando Buffolo a uma unidade psquiátrica; administrador atirou em três pessoas na última quinta-feira

Por Gheisa Lessa - O Estado de S.Paulo
Atualização:

São Paulo, 20 - O administrador de empresas Fernando Behmer Cesar de Gouveia Buffolo, de 33 anos, continua preso na carceragem do 31º Distrito Policial (Vila Carrão), na zona leste de São Paulo, sem previsão de transferência para uma unidade psiquiátrica, de acordo com funcionários do local. Buffolo pode responder por tentativa de homicídio, depois de atirar contra seis pessoas e atingir três. O processo depende de um laudo psiquiátrico.

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Por volta das 8h20 da última quinta-feira, um oficial de justiça, três enfermeiros, um psiquiatra e o advogado da família foram dar cumprimento à uma ordem judicial, cuja determinação era a interdição de Fernando Buffolo. Ele seria levado para uma avaliação psiquiátrica, seguida de internação, em uma clínica no interior de São Paulo. 

O administrador estava na casa da psicóloga Silvia Helen Gomes Cardim Moreira Guerra, na Rua Castro Alves, na Aclimação, região central da capital paulista, e atirou contra o grupo. O oficial de justiça Marcelo Ribeiro de Barros, de 49 anos, um dos enfermeiros, Márcio Teles de Lima, de 27 anos, e a psicóloga, Silvia Helen, foram atingidos.

A polícia foi acionada e o administrador se escondeu no interior do sobrado. A negociação durou quase nove horas. Após se render, ele foi levado primeiramente ao 6º DP (Cambuci) para prestar depoimentos, passou pelo Instituto Médico Legal (IML), onde afirmou ter agido em legítima defesa e, por fim, foi preso no 31ºDP.

O delegado José Gonzaga Marques, titular do 6ºDP, afirmou que Buffolo falou com clareza e raciocínio lógico. O atirador afirma que o grupo não se identificou ao entrar na residência e ele pensou ter a casa invadida por ladrões.

Se for comprovada, em laudo, a insanidade de Fernando Buffolo, ele não responderá pelas tentativas de homicídios. A orientação é de que, ao invés de preso, ele seja encaminhado a um hospital de custódia.

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