Após briga entre alunos e PMs, escola estadual terá segurança particular

Em São Simão, adolescentes foram parar na delegacia; depois da detenção, bombas e pedras foram lançadas contra o colégio

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Por Rene Moreira
Atualização:

Atualizada às 19h16

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FRANCA - A Escola Estadual Capitão Virgílio Garcia, em São Simão, cidade localizada a 50 quilômetros de Ribeirão Preto, contratou oito seguranças particulares para vigiar a parte interna da escola. A decisão foi tomada após alunos entrarem em confronto com policiais militares e a Guarda Municipal.

A confusão teria começado na quarta-feira, 12, quando um adolescente de 15 anos acusou colegas de furtarem o cartão de memória de seu celular. Com um pedaço de pau, ele teria ameaçado outros alunos, e a direção da escola acionou a polícia.

Com a chegada dos policiais, outros estudantes teriam tentado incendiar o prédio, e houve confronto. Policiais são acusados de utilizar gás pimenta e força física para acabar com a confusão. Nove alunos foram parar na delegacia. Alguns reclamaram de violência policial.

Na quinta-feira, a escola foi atacada com pedras e bombas. Vidros e telhas foram quebrados.

A prefeitura anunciou nesta sexta-feira, 14, a contratação de oito seguranças particulares, que cuidarão da parte interna da escola. A segurança da área externa foi reforçada pela polícia e pela Guarda Militar.

A escola continua funcionando, com o reforço da segurança, mas o clima é de medo, principalmente na 7.ª série, onde estudam os envolvidos. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, um procedimento foi aberto na tentativa de identificar e punir os estudantes envolvidos no caso.

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Respostas. Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto disse que "repudia qualquer ato de vandalismo e atua para reforçar a parceria com os pais e a comunidade para evitar que casos como este se repitam." Ainda de acordo com o texto, "a direção da escola apura quais são os alunos envolvidos para tomar as providencias baseadas no regimento escolar."

A Polícia Militar de São Simão nega ter agido com violência para conter o tumulto na escola estadual do município. Para a polícia, os alunos seriam 'problemáticos', opinião, segundo a própria PM, compartilhada por alguns professores.

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