Análise: Transformação de baixo para cima

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Por Mariana Barros
Atualização:

Na última década, metrópoles de vários locais do mundo foram impulsionadas pela combinação de forças de diferentes setores da sociedade civil em redes formadas por empresários, instituições e indivíduos. São estruturas criadas <CW-15>de baixo para cima, ou seja, a partir da população e com o objetivo de influenciar a tomada de decisões. Elas rompem com o modelo tradicional de iniciativas criadas pelo poder público e impostas aos cidadãos e também com expectativas “sebastianistas”, de que um dia aparecerá um gestor capaz de resolver todos os problemas com uma só tacada. 

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No Brasil, grupos têm ganhado força ao modificar espaços públicos, pleiteando melhorias em seus bairros ou criando pontos comerciais, de lazer e serviços capazes de modificar a dinâmica local. Em São Paulo, um exemplo é a transformação do bairro de Campos Elíseos, originado para servir de endereço aos barões do café e esvaziado desde os anos 1960.

Houston, nos Estados Unidos, também foi transformada a partir da sociedade. Ainda em 1907, foi criada a instituição Neighborhood Centers, pela esposa de um advogado da cidade. Inicialmente voltada à caridade, a associação ganhou força a partir de 2010, e se tornou uma das maiores do país, com orçamento de US$ 275 milhões por ano.

* É cofundadora do Esquina, plataforma sobre cidades que tem sede no Campos Elísios.

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