Alckmin faz contas e diz que não há previsão de rodízio de água em SP

Governador de São Paulo conta com obras que levarão água da Billings para Sistema Alto Tietê e que devem ser concluídas até maio

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Por José Maria Tomazela
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SOROCABA - Depois de ser informado de que o Sistema Cantareira voltou a subir e de fazer contas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afastou o risco de rodízio no abastecimento em São Paulo, durante visita a Limeira, na região de Campinas, nesta sexta-feira, 20. "Não há nenhuma previsão de rodízio, nós não estamos mais dependendo tanto de chuva", afirmou, durante a inauguração do restaurante Bom Prato. Chovia na cidade quando o governador chegou.

Além da recuperação do Cantareira, que manteve a sequência de alta e passou de 9,5% para 10%, embora ainda esteja no segundo volume morto, Alckmin conta com os outros sistemas para manter abastecida a Região Metropolitana. Com a sequência de chuvas, as demais represas que abastecem a região também subiram nesta sexta-feira. "A Represa do Jaguari, que vai abastecer o Atibainha, está com 7,5% e subindo rapidamente porque nós diminuímos a saída do Jaguari para o Paraíba. As medidas e as obras vão garantir o abastecimento sem racionamento", informou o governador. 

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Ele conta com as obras que levarão água da Billings para o Sistema Alto Tietê e que devem ser concluídas até maio. Também nesse prazo será concluída a transferência de 1 metro cúbico por segundo de água do Rio Guaió, que fica em Suzano, para a represa Taiaçupeba, integrante do Alto Tietê. Outra transferência para esse sistema, do Córrego Guaratuba, já foi concluída. 

O governo projeta ainda buscar água no Rio Juquiá, em Juquitiba, para reforçar a Represa Guarapiranga. "Vamos ter cinco metros cúbicos a mais de oferta de água na cidade, o que quase equilibra o Cantareira. Se as obras forem entregues no prazo, nós teremos até julho cinco metros cúbicos a mais de oferta de água na cidade, o que quase equilibra o Cantareira."

Mesmo que as chuvas percam a intensidade, segundo o governador, haverá água suficiente para manter a população abastecida ainda que seja do volume morto das represas. "Dos 41 milhões de metros cúbicos de água da reserva técnica do Atibainha, em Nazaré Paulista, eu posso usar 28 milhões de imediato e sem obra. Os outros 13 milhões, eu posso usar com pequenas obras, então dá 4,1% a mais. Se somarmos tudo, temos 18,1%, mas nem estamos prevendo usar", afirmou.

Nas contas do governador para evitar o racionamento, entrou até o volume morto que a Sabesp "descobriu" recentemente na Represa do Cachoeira, que também integra o Cantareira. "A reserva técnica da represa de Cachoeira, que fica em Piracaia, é de 40 milhões de metros cúbicos de água, que não foram utilizados e talvez não sejam necessários. Para cada dez milhões de metros corresponde a 1% (do nível do Sistema), então eu tenho mais 4%", assinalou. 

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