O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem de manhã que a polícia já tem a identificação de alguns dos black blocs que promoveram atos de depredação e vandalismo durante manifestação promovida pelo Movimento Passe Livre (MPL) na quinta-feira. De acordo com ele, equipes da Polícia Civil podem efetuar as prisões a qualquer momento.
“O que nós queremos é prender os criminosos, que promovem vandalismo, destroem patrimônio público e privado e ameaçam a integridade das pessoas. Nós já identificamos alguns e a polícia está empenhada em prendê-los e responsabilizá-los”, disse Alckmin, em evento neste sábado na zona norte da capital paulista. Cinco agências bancárias e uma concessionária de veículos foram atacadas no protesto.
Ao focar as ações da polícia na prisão dos black blocs, o governador não comentou a atuação da Polícia Militar durante o ato, já considerada equivocada pelo secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. Alckmin se limitou a dizer que a estratégia utilizada na quinta-feira, quando o policiamento repassou ao MPL a responsabilidade pela segurança, não vai repetir-se.
“Já houve uma reunião entre o secretário e a Polícia Militar. A estratégia será outra. A própria PM vai explicitá-la”, afirmou. Mas o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, disse que não poderia dar detalhes para não fornecer informação aos criminosos.
Até às 15h de ontem, a Secretaria de Estado da Segurança Pública não havia informado quantos manifestantes foram identificados e se algum já havia sido preso. Oficialmente, o protesto do MPL tinha como objetivo comemorar um ano de redução das tarifas de ônibus, trens e metrô, de R$ 3,20 para R$ 3, após a onda de protestos de junho do ano passado, mas terminou em vandalismo e confronto de mascarados com a Tropa de Choque, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.