Alckmin diz que analisa orçamento para nomear mais policiais civis

Governador afirma que já foi realizada a contratação de 686 novos policiais e que contratação de novos profissionais pode ser anunciada "em mais alguns dias"

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Por Paula Felix
Atualização:

SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira, 19, que pretende verificar o orçamento do Estado para poder fazer uma nova nomeação de policiais civis. A declaração foi dada após ser questionado sobre o déficit no quadro da Polícia Civil, que foi mostrado em reportagem do Estado.

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Sindicatos das categorias afirmam que faltam, ao menos, 13.913 policiais civis em São Paulo, ou cerca de 30% do efetivo fixado. O levantamento tem como base dados publicados no Diário Oficial do Estado do dia 30 de abril. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a diferença para o quadro existente é de 6.749 policiais.

"Nós tivemos, em 2014, uma lei tão absurda que acabou sendo revogada, que estabeleceu uma expulsória só para policial civil com 65 anos, que não poderia mais trabalhar no serviço público. Perdemos, de um dia para outro, delegados, investigadores, escrivães de polícia, agentes policiais, (foram) quase 1 mil policiais que nós perdemos. Isso surtiu efeito. Nomeamos, neste ano, 686 novos policiais civis, temos mais 27 saindo da Acadepol (Academia de Polícia) e estamos vendo a questão orçamentária para nomear um número grande de policiais civis. Em mais alguns dias, vamos ter novidades", disse Alckmin.

A reportagem mostrou ainda que, segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), delegacias do interior estariam recebendo funcionários de prefeituras, que não são policiais, para cobrir a falta de profissionais. O governador afirmou que a situação seria "pouco provável".

"Acho difícil que, numa crise desse tamanho, (alguma) prefeitura esteja cedendo funcionários para o Estado. É muito pouco provável. Em uma crise como essa, as prefeituras estão reduzindo o seu pessoal ao extremo. Nós não estamos vivendo um período normal, é a maior crise dos últimos 100 anos."

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