Atualizado às 13h25
SÃO PAULO - No momentoem que o publicitário Eduardo Martins assassinou o zelador Jezi de Sousa, às 15h30 de sexta-feira, 30, a advogada Ieda estaria trabalhando em seu escritório. Foi o que afirmou o advogado de defesa de Ieda da Silva Martins, Roberto Guastelli, em entrevista ao Estado.
A mulher de Martins, que está em prisão temporária e deve ser transferida ao 89º Distrito Policial (Morumbi) ainda nesta terça-feira, 3,teria retornado para casa às 17h, porque o marido ligou dizendo que passava mal, meia-hora antes, defende o advogado.
Ieda não teria percebido que houve uma discussão no local, tampouco que o corpo do zelador estava na mala. "Não tinha cheiro nem muito sangue", defendeu Guastelli. "Ela não sabia do crime brutal que o marido cometeu", argumentou.
As imagens do condomínio mostram Ieda ajudando a levar a mala que continha o corpo do zelador no veículo Logan. Segundo seu advogado, ela já separava roupas e calçados há algum tempo para doar, e pensou que se tratasse dos objetos. "Ele pegou a parte mais pesada, nas rodinhas, ela só ajudou", disse Guastelli.
Às 15h, Martins teria levado o filho para uma aula de reforço e retornado para casa, quando cometeu o crime e ligou para a mulher em seguida. Ieda, segundo o advogado, chegou às 17h, notou que o marido estava melhor, saiu para comprar pão e produtos escolares para o filho e só depois ajudou a carregar a mala. As imagens de Ieda saindo não foram divulgadas, mas Guastelli afirmou que as pediu.
O advogado entrará com pedido para revogação da prisão temporária de sua cliente. "É primária, profissional liberal, tem residência própria e ainda contribuiu com a justiça. Ieda ficou perplexa quando soube", declarou.