O psiquiatra forense Quirino Cordeiro, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, diz que “parte considerável, senão a maioria” dos agressores sexuais de transporte público não são doentes mentais, mas “infratores de ocasião”. Entre os agressores, a maior parte, 38%, tinha mais de 40 anos e 10% eram desempregados.
Segundo Cordeiro, mesmo aqueles diagnosticados com pedofilia, frotteurismo (encoxadores), voyeurismo ou exibicionismo, patologias que podem ser associadas à violência, têm capacidade de autocontrole, portanto, podem e devem ser punidos penalmente.
O álcool e as drogas são substâncias que potencializam o comportamento desinibido e podem ajudar a desencadear o comportamento agressivo.
“Uma linha forte da psiquiatria forense considera que, apesar de quadro de transtorno mental, o agressor consegue se controlar e pode ser responsabilizado", disse Cordeiro.