Foto do(a) blog

O blog voltado ao cidadão e ao consumidor

Instituto Alana pede a governantes que deem prioridade às crianças durante a crise hídrica

ONG redige carta citando a obrigação constitucional da administração pública de garantir o serviço prestado à crianças

PUBLICIDADE

Por Jerusa Rodrigues
Atualização:
 Foto: Estadão

 

Para evitar que as crianças sejam prejudicadas por causa da crise de abastecimento de água em São Paulo e na região sudeste, o Instituto Alana, por meio do seu Projeto Prioridade Absoluta, redigiu carta para os governantes chamando a atenção para a obrigação da administração pública de "assegurar o melhor interesse das crianças com absoluta prioridade, conforme estabelecido pelo artigo 227 da Constituição Federal e o artigo 4.º do Estatuto da Criança e do Adolescente".

PUBLICIDADE

A carta foi encaminhada por e-mail no final da tarde desta segunda-feira (2/2) ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e aos governadores dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Hoje foram enviadas pelos Correios aos governadores e aos prefeitos dessas capitais.

O Instituto Alana defendeu em nota que, durante o período da crise de abastecimento hídrico, de racionamento ou revezamento do fornecimento de água, "todas as crianças, sem nenhuma forma de discriminação, devem ter seu direito à água limpa, potável e livre de quaisquer riscos à saúde garantido em primeiro lugar".

Segundo o advogado do Projeto Prioridade Absoluta, Pedro Hartung, na prática o documento solicita que os serviços destinados às crianças, como maternidade, de acolhimento e atendimento, postos de saúde, berçários, creches, postos de saúde devem ter o abastecimento hídrico com absoluta prioridade. "Ficamos preocupados com a notícia de que as escolas e creches seriam fechadas em primeiro lugar, pois isso contrariaria de forma absoluta e frontal essa norma constitucional, que garante à criança a primazia de proteção satisfação de seus direitos", acrescenta.

Hartung lembra que as crianças são as mais vulneráveis e as primeiras afetadas com a privação de água. "Existe uma necessidade, uma obrigação dos governantes e do poder público de levarem em consideração essa norma constitucional e garantir que as crianças tenham prioridade e garantia ao acesso à água potável e de qualidade.

Publicidade

A carta apresenta ainda possíveis soluções, explica o advogado, como construções de cisternas com filtros para a captação da água de chuva nas escolas, em creches e nos berçários; a implantação de pontos de acesso a pequenas quantidades de água potável em todos os bairros, garantindo o serviço em primeiro lugar às crianças. Também pede que, caso haja o uso de caminhão pipa no abastecimento, que deem prioridade aos serviços prestados a elas.

Procuradas desde ontem, a assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Paulo não confirmou o recebimento da carta; assim como a assessoria do governo do Estado de São Paulo.

 

 Foto: Estadão

Defesa. Pedro Hartung lembra que as crianças são as mais vulneráveis numa crise de abastecimento.

Saiba mais:

Projeto Prioridade Absoluta

Publicidade

Carta aberta ao governador

*foto e imagem: divulgação

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.