Por Luciana Magalhães
Reclamação do leitor: É chocante o total abandono dos cemitérios da cidade de São Paulo. As calçadas estão deterioradas, sem manutenção, sujas nos cemitérios: da Consolação, o São Paulo, do Araçá entre outros. Uma infinidade de túmulos são constantemente violados. Há furto de portas de bronze, placas com o nome dos falecidos, vasos, etc. O mais chocante é que os proprietários dos túmulos tomam conhecimento das violações apenas quando vão ao cemitério. É frustrante constatar pessoalmente que o túmulo da família foi violado, que os caixões foram quebrados e os ossos foram retirados ou jogados no chão do túmulo, como ocorreu no meu caso. Luiz Botelho de Macedo Costa Junior / São Paulo
Resposta: O Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) informa que todas as ocorrências registradas dentro das necrópoles municipais são encaminhadas às autoridades policiais para as providências necessárias. A Guarda Civil Metropolitana (GCM), em ação conjunta com o SFMSP, vem intensificando a segurança em todos os cemitérios e no crematório municipal. Ressalta também que o SFMSP tem mantido contato permanente com a GCM, o que resultou no aumento do número de rondas periódicas e/ou policiamento fixo, de acordo com o índice de vulnerabilidade das regiões. Sobre a conservação dos túmulos, esclarece que os serviços de limpeza e conservação e reparação de muretas, carneiras e túmulos, jazigos, mausoléus e cenotáfios são de responsabilidade dos concessionários dos terrenos e/ou de seus representantes, uma vez que os cemitérios municipais não cobram taxas de manutenção, conforme o Artigo 37 do Ato n.º 326/32. Sendo assim, o SFMSP solicita que, ao ser constatada a falta de alguma peça, a família registre Boletim de Ocorrência e compareça à administração do cemitério, a fim de fazer o reconhecimento das peças recuperadas durante as ações já realizadas.
Réplica do leitor: A resposta é completamente evasiva. O serviço reconhece que os túmulos estão sendo constantemente saqueados, mas se limita a dizer que as autoridades policiais foram informadas da situação. Em menos de duas semanas, o túmulo de minha família foi saqueado duas vezes, na primeira vez, furtaram a porta e, na segunda, levaram todas as placas com o nome das pessoas enterradas no túmulo. Temos uma pessoa responsável pela limpeza do túmulo, mas os furtos são feitos à noite quando o cemitério está fechado, sob responsabilidade exclusiva da Prefeitura. Cabe salientar que, nesses cemitérios, há visitação com guias para mostrar as esculturas de renomados artistas, túmulos projetados por arquitetos de época, etc.
Foto: Luiz Botelho de Macedo Costa Junior