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Pelo WhatsApp, taxista pede pneus para atear fogo na frente da Prefeitura; ouça

Antonio Matias, o Ceará, admitiu o pedido e a intenção de causar um incêndio; disse que o fogo era para 'espantar o frio'

Por e Fabio Leite
Atualização:

Em um áudio do WhatsApp que começou a circular na noite desta terça-feira, 10, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores das Empresas de Táxi de São Paulo (Simtetaxi), Antônio Matias, o Ceará, pede para que colegas tragam pneus para a Prefeitura de São Paulo, que regulamentou aplicativos de transporte como o Uber na manhã desta mesma terça.

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Ouça a mensagem:

"Eu preciso de pneu aqui na porta da Prefeitura. Quem tá falando é o Ceará. Eu preciso de pneu. Repassa aí. Pneu. Preciso de pneu aqui na porta da Prefeitura, gente. Estou aqui com um monte de taxista. Preciso de pneu. Chegamos da Bahia agora. Eu, Americano, Vitor Fábio, a Maranhão, precisamos de pneu urgente", diz a mensagem.

Ao Estado, Ceará admitiu o pedido. "É para fazer uma fogueira. Está muito frio aqui hoje", disse. A temperatura na cidade, neste momento, é de 20.º C.

Depois da primeira resposta, foi questionado se o que ele pretendia era, na verdade, iniciar um ato de vandalismo, com um incêndio criminoso. "O PT hoje colocou fogo em todas as rodovias. Então, a gente pode colocar uma fogueira aqui para todo mundo se esquentar. Temos autorização da Polícia Militar"

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O sindicalista, que defende os taxistas que trabalham para as 59 empresas de táxi da cidade (e têm cerca de 3 mil dos 38 mil alvarás de São Paulo) é o mais radical crítico à liberação dos aplicativos. Ano passado, já havia declarado que a liberação terminaria em "pau".

A reportagem entrou em contato com a Sala de Imprensa da PM para comentar as declarações do taxista, mas ainda não obteve resposta.

A Polícia Civil, no entanto, já informou que Ceará deverá ser investigado por incitação ao crime, em um inquérito que será aberto pelo 1.º Distrito Policial (Sé)

Taxistas depredam carro preto em protesto. Foto: Alex Silva/Estadão

 

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