O Ministério Público Federal em Araraquara quer ampliar o número de cidades em que serão realizadas audiências públicas para discutir a construção de um novo linhão de energia elétrica no Estado de São Paulo. De acordo com o projeto, apesar de ser o ponto de partida do conjunto de torres e redes de cabos para transmissão de energia, a cidade de Araraquara não foi escolhida para sediar as audiências.
Composto por três linhas de transmissão, totalizando 847 quilômetros de extensão, o linhão vai cortar o Estado de São Paulo de norte a sul e seguir até a cidade de Campo Largo, no Paraná, interligando-se com outros sistemas. O empreendimento vai distribuir no Sudeste a energia gerada nas usinas dos rios Madeira e Teles Pires, na região amazônica.
As audiências fazem parte do processo de licenciamento da obra, já que a passagem do linhão gera impactos ao meio ambiente e às populações residentes nas áreas cortadas pelo empreendimento. Além das linhas, serão construídas três subestações nos Estados de São Paulo e Paraná.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) marcou audiências em São Carlos e Itu, no Estado de São Paulo, e Campo Largo, no Paraná. O MPF considera que, além de Araraquara, outras cidades que estão na área de influência do linhão devem ter audiências, conforme prevê a lei.
O objetivo dos encontros é levar o projeto ao conhecimento da população para que os possíveis impactos sejam discutidos. O Ibama deve publicar edital com abertura de prazo de 45 dias para que os municípios interessados solicitem a marcação de audiências.