Ele levou o Prêmio Jabuti em 2006 por seu livro Contos Negreiros. Marcelino Freire, 43 anos, é o terceiro participante da série de entrevistas por escrito.
São Paulo é mais inspiração ou mais piração? É mais ação... Eu precisava de uma cidade assim: em movimento.
Por que você virou escritor? Porque não sou um homem bonito.
De quais livros você se alimenta? Daqueles que me deixam doente, sem forças, com fome.
Como é seu processo de escrita? Mais dor ou mais prazer? Prazer, sempre. Essa coisa de dor é muito cristã.
Qual livro você ainda gostaria de escrever? O próximo. Não sei em que ele vai dar. Só tenho o título: "O meu bói morreu". É de contos. E é assim mesmo, com acento. "Boy", entende?
Por que os microcontos no Twitter? Porque menos é sempre mais. Porque sempre estive envolvido com as micronarrativas muito antes de o Twitter tuitar essa ideia, entende?
Frequenta bibliotecas? Quais estantes prefere? Frequento... Agora, mais a trabalho. Vou correndo às estantes de poesia... Sempre tão solitárias!
Um sebo. Sebo Avalovara, na Pedroso de Moraes. Porque o dono foi o escritor Evandro Affonso Ferreira. Porque um outro escritor é dono dele hoje, o Bernardo Ajzenberg.
Uma livraria. Livraria da Vila. Porque sempre me recebeu de portas abertas. Antes de eu ser escritor, até.
Um bar. O Mercearia São Pedro, na Rua Rodésia. Porque lá os escritores são bem tratados e bem servidos. Coisa rara.