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Paulistices, cultura geral e outras curiosidades

O imigrante

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Por Edison Veiga
Atualização:

"As imigrações vieram trazer o braço que a lavoura e a nascente indústria reclamavam:

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A Rua passa, vai falando Ítalo, árabe, hebraico, russo, japonês. Um dia, não sei quando, Um sujeito passou falando português...

Com esta pincelada o poeta pintou o clima de São Paulo nos anos 1920: até português falava-se em São Paulo. Mas não em qualquer bairro ou em qualquer ramo de negócio: era comum as negociações concluídas com mascates árabes onde, primeiro, apontava-se para a mercadoria com uma das mãos, enquanto os dedos levantados da outra indicavam sua quantidade, depois mesma operação apontando para o dinheiro.

Por essa época, algumas ruas do Brás seriam um desafio ao próprio Fellini, tal a exuberância do temperamento peninsular. É a primeira fase da industrialização paulista, onde a "linha importada era enrolada em carretel importado, por operário estrangeiro"."

Excerto do livro São Paulo: Belle Époque, de Benedito Lima de Toledo e Diana Dorothèa Danon (Companhia Editora Nacional, 2010)

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