A cidade tem acompanhado a polêmica sobre a distribuição de sacolinhas de supermercado. O comércio será proibido de fornecer de graça a sacola plástica que o consumidor usa para carregar mantimentos - e que eventualmente serve para descartar lixo doméstico.
Agora o consumidor terá de pagar pelas embalagens das compras - são 1,7 bilhão de sacolinhas em 600 lojas de grandes redes, segundo dados do comércio. Ou seja, o consumidor vai continuar usando a tal embalagem para tirar o lixo, só que terá de desembolsar mais uns trocados. Isso, multiplicado por aquilo, dá uma boa quantia, não?
O argumento central da medida da campanha é o da proteção do meio ambiente. A campanha é patrocinada pelo comércio. E muita gente que carrega a bandeira do ambientalismo embarca na ladainha. Jogam na sacolinha gratuita até a culpa pelas cheias na cidade. Falsa questão.
Já há material biodegradável para fazer sacolinha de supermercado que derreta no tempo. E as enchentes são coisa de incompetência de anos sem planejamento urbano - isso, sim, responsabilidade do poder público.
Na tal polêmica da sacolinha, é só trocar a de hoje, a famigerada poluidora e entupidora de bueiros, por uma que vire pó rapidamente. E deixar o comerciante livre para oferecer de graça a embalagem à freguesia.