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Histórias de São Paulo

Nada como uma chacoalhada democrática!

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Por Pablo Pereira
Atualização:

Nada como uma chacoalhada democrática! Algumas centenas de milhares de pessoas foram às ruas gritar contra a ineficiência do serviço público, colocaram a classe política e os administradores do orçamento público na parede - e já começou a aparecer verbas! Há que tirá-los, todos (federal, estadual, municipal), da zona de conforto.

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Bastou apertar o torniquete e começam a surgir R$ 50 bilhões em Brasília, planos de mobilidade urbana em São Paulo, corte de aumento das tarifas de ônibus em dezenas de cidades. Democracia é assim. Tem de manter os governos sob pressão. Se não, nada acontece.

Não é uma beleza?

Tem aí pelo meio das primeiras"respostas às ruas"uma pá de coisas que não vai dar em nada, são cortina de fumaça, como essa história de plebiscito para reforma política, proposta por Dilma Rousseff.Plebiscito é para quando não se tem Constituição - ou, claro, para quando o governante não governa com liberdade, vive refém de acordos menores e de planos de reeleição.

Outra coisa:crime hediondo para corrupto é firula retórica. Não que os ladrões da arrecadação de impostos e outros picaretas contumazes não mereçam. Certamente que merecem mofar na cadeia anos a fio. Mas o país já tem cardápio bem montado para combater e punir a corrupção por dentro da legislação. Além de aprimorar as penas é preciso serintransigente na aplicação, dar exemplo, cortar na carne dos grupos que usam a conta pública como se fosse privada.

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