Curtir o Ibirapuera no final de semana é uma maravilha. Andar, correr, jogar bola nas quadras, rodar de bicicleta, bater-papo - ou simplesmente não fazer nada numa sombra gostosa. O parque é um belo exemplo de espaço público, frequentado por gentes de todo tipo. Convivem lá paulistanos, visitantes estrangeiros, imigrantes, uma diversidade que, aliás, é uma das marcas dessa cidade.
A criançada se diverte, as tribos de adolescentes e jovens se encontram na ladeira do skate, nas pistas de bicicleta e gramados de piquenique. E os idosos aproveitam a melhor idade. A cachorrada acompanhante, o alarido da passarada, as sombras do arvoredo e das marquises de Niemeyer compõem essa deliciosa ilha de lazer, de graça, liberada.
Nos últimos tempos (meses, talvez), os sons do Ibira ganharam uma agradável novidade: os músicos de rua estão cada vez mais presentes. Taí uma iniciativa que deveria, sem burocracias, ter mais incentivos, público e privado.
Mais música nos parques, por favor!
Há por lá o rapaz do saxofone, violonistas, sanfoneiros, e até grupos de música erudita, com seus celos e violinos, que chamam a atenção à beira da pista de caminhadas. Tomara que essa moda pegue. Música na rua é remédio!
Para a turma do esforço não falta hidratação de bicas, cocos e garrafas. E para quem vai passar o dia há o socorro das lanchonetes. Patrulhas da Guarda Municipal circulam pelo parque e ambulâncias atendem aqui e ali algum desastrado que se esfola no excesso de entusiasmo.
Quem anda a pé naquela região costuma ver a Passarela Ciccillo Matarazzo, sobre a 23 de Maio, bem na frente do prédio do Museu de Arte Contemporânea (MAC), como um caminho de formiguinhas. É gente que vem de longe, desce desde o metrô Ana Rosa, no alto da Avenida Domingos de Morais, para curtir o Ibira.
O poliglota Ibirapuera abriga uma diversidade que é a cara de São Paulo.