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Histórias de São Paulo

Guerra e Paz, de Portinari, em SP

Por Pablo Pereira
Atualização:

Na próxima terça-feira, dia 18, às 10h, no Memorial da América Latina, João Candido Portinari, filho de Candido Portinari, vai anunciar oficialmente o local e a data da exposição na cidade dos painéis "Guerra" e "Paz", que foram restaurados e começam uma turnê por várias cidades. As obras passaram mais de meio século na ONU, em Nova York, e voltaram ao Brasil em dezembro. O Rio já viu os painéis que foram pintados entre 1952 e 1956 pelo artista de Brodowski (SP).

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Preparando o evento da transferência da obra, João Candido conta que os painéis foram pintados em Botafogo, no Rio, em um estúdio da antiga TV Tupi. "Meu pai não tinha um ateliê. Ele pintava em casa", explica João Candido. Mas para aquela obra, naquelas dimensões (14m x 10m), ele precisava de mais espaço. E pintou em um galpão.

Durante os estudos para Guerra e Paz, Portinari começou a sofrer com a intoxicação pelas tintas. E, em 1954, foi vítima de uma hemorragia. Os médicos, então, o proibiram de usar tintas. Ele reclamou publicamente. Em uma entrevista ao Jornal O Globo, da época, disse: "Estou proibido de viver", lembra João Candido. Mas logo achou o caminho dos lápis de cor e seguiu criando. Em 1955, voltou às tintas e, num espaço de 9 meses, deu à luz sua obra prima.

Segundo João Candido, o Memorial foi escolhido para o anúncio por ser um espaço criado por Oscar Niemeyer especialmente para uma outra obra de Portinari, o Tiradentes.

Portinari morreu no dia 6 de fevereiro de 1962.

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Enquanto aguarda a chegada das obras, você pode curtir um pouco dos painéis clicando aqui.

 Foto: Estadão

 

(texto atualizado às 16h32)

 

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