Caía uma chuva de pedras no meio da tarde do sábado, em Higienópolis, bairro do Centro de São Paulo, quando começou a missa de sétimo dia da morte de Daniel Piza, na Igreja Santa Teresinha, rua Maranhão. Estavam lá a família, amigos, colegas e, tenho certeza, muitos leitores de Daniel. Todos tocados pela cerimônia que buscava um pouco de conforto para quem dele gostava.
Fica a imagem jovial, alegre, de Daniel - e sua obra, seja nos seus silenciosos amigos livros, seja em sua competente produção jornalística.
Daniel não queria ser Machado, que adorava, nem Francis, que o inspirava.
Daniel queria ser Daniel.
E é.