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Histórias de São Paulo

Brasil lançou satélite que deve operar por 18 anos a 36 mil quilômetros da Terra

Por Pablo Pereira
Atualização:

Acompanhe no vídeo acima a contagem regressiva e o lançamento do foguete Ariane 5, da Arianespace, em Kourou, na Guiana Francesa, que colocou em órbita da Terra nesta quinta-feira, 4 de maio, o primeiro satélite brasileiro - de propriedade do Brasil e com controle total de brasileiros, segundo o governo e a Telebras. O lançamento estava programado para 17h31, mas problemas meteorológicos na costa da Guiana Francesa, onde fica o Centro Espacial da Guiana, atrasaram a decolagem, que acabou ocorrendo com sucesso às 18h50.

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O satélite brasileiro deve ampliar a oferta de banda larga para acesso rápido à internet, além de oferecer à Defesa do País canais de controle total de suas comunicações estratégicas. O lançamento havia sido adiado de 21 de março por causa de uma greve geral que paralisou a Guiana Francesa. Resolvido o problema social, na véspera da eleição da França, cujo segundo turno será neste dia 7, a Arianespace, operadora da base de Kourou, finalmente pode reprogramar a decolagem.

O satélite, conhecido pela sigla SGDC, é projeto iniciado ainda durante o governo Dilma Rousseff, custou cerca de R$ 2,8 bilhões e foi construído na França pela Thales Alenia Space, uma especializada no produto, em projeto coordenado e integrado pela empresa brasileira Visiona Tecnologia Espacial, associação formada pela Embraer e a Telebras para trabalhar nesse mercado.

Depois de desacoplar dos foguetes transportadores, a cerca de 300 quilômetros de distância da Terra, o SGDC deve continuar a subir no espaço por dez dias até a órbita de 36 mil quilômetros. Lá, permanecerá cobrindo todo o Brasil por 18 anos. Portanto, se tudo correr como programado, em 2035 o equipamento deve encerrar operações, quando então será movido para o cemitério de satélites que existe no espaço a uma distância de 100 mil quilômetros.

(texto atualizado em 12 de maio)

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