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Histórias de São Paulo

Ano novo, livro e memórias

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Por Pablo Pereira
Atualização:

As viradas de ano costumam levar as pessoas a revisões de vida, renovação de esperanças e lembrança de gente que ficou pelo caminho. Muitos humanos precisam dessas avaliações anuais para seguir em frente. Outros, para (apenas) justificar o champanhe, as lentilhas ou a renovação da "folhinha" na borracharia, do calendário dos santinhos de políticos, nossos velhos marcadores de dias, semanas e meses. Pode ser por isso que se diz que o povo tem memória curta, que não se lembra do passado. Afinal, uma vez por ano, dá-se tudo por renovado ao trocar o 16 pelo 17, o 17 pelo 18... Por sorte, uns poucos sempre nos refrescam memórias mais antigas e nos lembram de fatos e de companheiros que a vida já levou há mais tempo.

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Neste dia 6 de janeiro de 2018, por exemplo, muitos amigos, colegas e familiares recordarão os 10 anos da perda de fotógrafo Paulo Bravos, conhecido também como Paulinho Imprensa, compositor de sambas de carnaval para escolas como a Peruche, do bairro do Limão. Ciclista amador, Bravos era uma figura da cidade de São Paulo. Fundador de uma confraria de comedores de galinhada, como lembra o amigo Nilton Fukuda, outro craque da fotografia, Bravos foi um dedicado batalhador da foto jornalística nos jornais Diário Popular, Diário de S.Paulo e O Globo, com publicações também nas revistas Placar e Afinal. Nascido em Marília, no interior paulista, ele curtia a capital com sua bicicleta. Foi a bike, aliás, que terminou por metê-lo no buraco sem volta da morte no comecinho de 2008.

Uma década após o acidente, fico sabendo, um pouco da história do Bravos pode ser encontrada no livro do jornalista Cláudio Amaral, que está publicando "Crônicas de um Questionador". É um trabalho independente, de 264 páginas, distribuído pelo próprio autor. Entre as 100 crônicas reunidas no livro por Amaral, segundo soube, seis são dedicadas ao bravo Bravos. Ele apareceu também em texto da primeira publicação independente de Amaral - "Um lenço, um folheto e a roupa do corpo", um livreto de 136 páginas.

Na capa do livro, Paulinho Bravos com a sobrinha, Cláudia/ Foto: Paulo Bravos

 

 

 

 

 

 

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