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Histórias de São Paulo

A Separação, espantosamente humano

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Por Pablo Pereira
Atualização:

Outro dia, assisti a um filme pancadão, daqueles que no final você fica alguns segundos sem saber onde está a porta de saída. Chama-se A Separação, feito por iranianos, dirigido por Asghar Farhadi, e que beliscou um Oscar em fevereiro. É um cinema que segue o ensinamento do bom roteiro, ou seja, prende o espectador logo nos primeiros 10/15 minutos.

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Neste tempo, o diretor pega o espectador, arrastá-o pra lá e pra cá, e faz sumir quaisquer referências que não estejam na tela. Quem faz roteiros trabalha com essa ferramenta, é o lide do cinema. Se o leitor (espectador) escapa na abertura, a comunicação já era.

 Em A Separação a pancadaria, no bom sentido, vai ainda além desse tempo. Farhadi fez bem mais do que fixar seu alvo. O filme dele é intenso do começo ao fim. É muito mais do que uma história de fissuras nas relações entre pessoas. É espantosamente humano. Um perturbador mergulho no indivíduo.

 

 

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