A situação da área localizada na Rua Regina Garba, no Jardim Paulistano, não é recente. Em meados do ano 2000, o terreno pertencente a CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano foi reintegrado ao governo, após dez anos de ocupação irregular.
Mas a falta de fiscalização fez com que o local voltasse a ser invadido, sem que deslizamentos, quedas de árvores ou alagamentos fossem levados em conta. A aposentada Rosangela Rezende, que mora há 30 anos no bairro, afirma que existem muitas casas em áreas de risco.
A região é cortada por um córrego poluído, o esgoto corre a céu aberto e em muitos trechos o acesso só é possível por intermédio de pontes improvisadas com restos de madeiras. Moradores relatam que o perigo é constante, inclusive com o registro de acidentes graves.
O advogado Genilson da Silva Santos, que representa a comunidade, lamenta que apesar de existirem condições de reurbanização, nada é feito. Ele ressalta que não existe um levantamento exato de quantas pessoas morem na Regina Garba. Há estimativas de que aproximadamente 300 famílias ocupem o lugar com barracos e casas de alvenaria.
Em um comunicado a CDHU informou que ainda estuda uma forma de atender as famílias que ocupam o terreno. A companhia não citou prazos, ou tão pouco se existe um planejamento emergencial para atender as necessidades dos moradores.
Confira abaixo a íntegra da nota enviada:
"A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) estuda o atendimento habitacional das famílias que estão na área da empresa estadual, por meio de programas que contam com a parceria de entidades de moradia. Cabe salientar que, desde 2011, foram construídas 4.691 unidades habitacionais na Capital, pela CDHU e pela Casa Paulista, e outras 12.020 estão em obras".
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